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Este glossário contém algumas palavras e expressões gaúchas usadas nas histórias em quadrinhos do Vento Minuano, personagem criado por Adão de Lima Jr.

A LA PUCHA – Expressão gaúcha usada para demonstrar surpresa, espanto ou admiração (como "Nossa!", "Caramba!").

 

ÁRVORE DE ZAQQUM – Referência islâmica a uma árvore infernal mencionada no Alcorão, cujos frutos seriam amaldiçoados.

 

ATOLEIRO – Local com muito barro, onde veículos ou animais podem atolar.

 

ATIÇANDO – Provocando, instigando, incentivando algo ou alguém.

ATURDIDO – Confuso, desorientado, tonto.

 

BAH! – Expressão típica gaúcha que demonstra surpresa, indignação, admiração ou espanto. Tem muitos significados, dependendo da entonação.

 

BAIO – Cavalo de pelagem amarelada-clara ou dourada, comum nas lides do campo.

 

BAGUAL – Animal forte e selvagem; também pode ser usado para se referir a uma pessoa valente, corajosa.

 

BALAQUEIRO – Pessoa que gosta de conversar muito, de "falar bonito", geralmente para impressionar.

 

BANHADO – Área de terreno plano e alagadiço, semelhante a um pântano.

 

BARBARIDADE – Expressão gaúcha usada para demonstrar espanto ou admiração (positiva ou negativa), como "Meu Deus!" ou "Mas que coisa!"

 

BRASINO – Cavalo de cor castanho-escuro ou avermelhado.

 

BRUMAS – Névoas ou neblinas espessas.

 

CAGAÇO – Susto, medo repentino (informal).

 

CAÇAMBA – Recipiente grande usado para carregar ou descarregar materiais, como em caminhões.

 

CERRAÇÃO – Neblina muito densa, que reduz bastante a visibilidade.

 

CHARCO – Terreno alagado ou encharcado, geralmente lamacento.

 

CHUCRO – Animal não domesticado; pessoa rústica, sem educação refinada (muito usado no Sul).

 

CORCOVEIA – Refere-se ao ato de um cavalo dar corcoveios, ou seja, saltos com o lombo curvado, tentando derrubar o cavaleiro.

 

CORROA – Forma do verbo "corroer", ou seja, desgastar ou consumir lentamente.

 

COXILHA – Pequena elevação de terreno ondulado, típica da paisagem do sul do Brasil.

 

CRUZ-CREDO – Expressão de espanto, medo ou repulsa. Uma espécie de "cruz-credo" religiosa.

 

CUSCOS – Cães pequenos, geralmente usados como pastores ou farejadores no campo (termo regional).

 

DESENCARNADO – Que perdeu a carne; também pode significar espírito sem corpo (em sentido espiritual ou religioso).

 

DESCARNADO – Sem carne, muito magro ou esquelético.

 

DIACHO – Expressão de irritação ou surpresa, semelhante a "diabo" (eufemismo).

 

ENOJADA – Nojo, repulsa, desgosto por algo.

 

ESCÁRNIO – Zombaria, desprezo aberto e ofensivo.

 

GALEGO – No sul, refere-se geralmente a pessoas loiras ou de pele clara (não tem a ver com a Galícia, Espanha).

 

GARRUCHA – Tipo de arma de fogo pequena, antiga, de dois canos.

 

GAROA – Chuva fraca e contínua.

 

GINETE – Cavaleiro habilidoso, especialmente no manuseio do cavalo.

 

GRINGOS – No Brasil, refere-se a estrangeiros, mas no Sul também pode designar descendentes de imigrantes europeus.

 

ÍNDIO VÉIO – Expressão usada para se referir a um indígena mais velho, experiente, ou metaforicamente a alguém sábio e astuto.

 

JAGUAR – No vocabulário gaúcho, “jaguara” (forma feminina usada como substantivo pejorativo) pode significar “cão ordinário, pessoa de péssima índole, canalha, vagabundo”.

 

LOMBO – Parte superior das costas, especialmente de animais; também usado para falar das costas de uma pessoa.

 

LUFADA – Rajada de vento ou sopro de ar forte.

 

MACEGA – Vegetação rasteira, densa e difícil de atravessar.

 

MARTÍRIO – Sofrimento intenso e prolongado, físico ou moral.

 

MATUNGO – Cavalo velho ou cansado, geralmente usado para tarefas pesadas.

 

MUNDANO – Relativo ao mundo material, terreno, oposto ao espiritual; também pode se referir a pessoa vaidosa, apegada a prazeres.

 

NALGUM – Contração de "em" + "algum", forma coloquial.

 

PAGO – No Rio Grande do Sul, quer dizer terra natal, região de origem ou querência.

 

PALMITAL – Área com presença de muitas palmeiras.

 

PAMPAS – Planícies do sul do Brasil, Argentina e Uruguai, conhecidas por serem campos abertos e férteis.

 

PANGARÉ – Cavalo de cor indefinida, com manchas brancas; também pode significar cavalo de pouca qualidade.

 

PELEGO – Pele de carneiro curtida com lã, usada como forro de arreios ou para assento; no sentido figurado, pode se referir a alguém submisso.

 

PIÁ – Criança do sexo masculino, menino (muito usado no Sul do Brasil).

 

PONCHO – Peça de vestuário típica do gaúcho, usada para se proteger do frio e da chuva.

 

QUERÊNCIA – Lugar onde se vive ou se tem afeição; terra natal, local de pertencimento.

 

RINCÃO – Lugar afastado, canto do campo ou pequeno povoado rural.

 

SCUMBEM – Palavra regional, provavelmente variante de “escumbém” ou corruptela popular, sentido incerto, possivelmente usada como interjeição ou xingamento.

 

TCHÊ – Expressão gaúcha usada como interjeição, equivalente a “cara”, “meu”, “amigo” ou apenas como reforço afetivo.

 

TOSQUIANDO – Cortando a lã dos carneiros; também pode significar cortar ou rapar cabelo.

 

TRÉGUA – Pausa em conflitos ou disputas; cessar temporário de hostilidades.

 

TRISCANDO – Batendo levemente, encostando rapidamente; também pode significar se movimentar com agilidade.

 

TROTEIA – Forma verbal de “trotear”, andar em trote (passo acelerado de cavalo).

 

URRO – Grito forte de dor ou de raiva (de pessoas ou animais).

 

VISGO – Substância pegajosa; também usada para descrever algo ou alguém pegajoso ou persistente.

 

ZOMBAVAS – Zombar, fazer chacota, rir de forma desrespeitosa.

 

ZORRILHOS – Pessoa fedorenta, desleixada, ou considerada nojenta, ou alguém enxerido, abusado, malandro, dependendo do contexto e tom de voz.

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